Resumo
Um dos temas em Psicologia cujo debate inclui significativas controvérsias e divergências doutrinárias é o estudo da inteligência humana e as formas da sua mensuração. Há, efectivamente, uma habilidade mental geral que possamos designar por «inteligência»? E, havendo-o, é importante para o desempenho das actividades quotidianas dos indivíduos? O termo «inteligência» é comummente utilizado para caracterizar determinadas habilidades ou capacidades cognitivas. Porém, da mesma forma que existem diferentes modos de se ser inteligente, coexistem igualmente múltiplas conceptualizações sobre o conceito de «inteligência». Neste contexto, deriva do seu «entrelaçado mental» ser praticamente impossível eleger uma definição que reúna o consenso geral da maioria dos psicólogos e dos demais profissionais intervenientes. Qualquer definição tende, todavia, a clarificar e a organizar a complexidade do fenómeno. Não obstante, apesar das dificuldades de unanimidade, poder-se-á fazer equivaler «inteligência» à capacidade do indivíduo para assimilar conhecimentos, recordar eventos remotos ou recentes, raciocinar logicamente, manipular conceitos [números e/ou palavras], traduzir o abstracto em concreto, analisar e sintetizar formas, enfrentar com sensatez e precisão os problemas, estabelecer prioridades dentre um conjunto de situações, etc., sendo que nenhuma destas «competências» exclui a utilização simultânea das demais. Neste sentido, parece ser consensualmente aceite que a definição de «inteligência» não inclui, nem a personalidade, nem o carácter dos indivíduos.
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