sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O VALOR ECONÓMICO DO COMPORTAMENTO NO CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO MILITAR.

Resumo
Este artigo contém extractos de um trabalho de investigação, desenvolvido sob o tema geral «[...] da racionalidade das decisões de consumo vs o ambiente quântico dos circuitos neuronais encefálicos», nele se incluindo a caracterização da componente económica intra-humana, definida pelo conjunto dos processos cognitivos de 1.ª ordem [...], a sua influência nos sistemas de produção e o seu impacte sobre a produtividade em geral. A adaptação desta investigação à Instituição Militar, foi deduzida pela identificação da sua ordem cultural, cuja «inoculação» continuada de vínculos psíquicos selectivos, visa obter dos seus recursos humanos uma «acomodação» individual a um esquema de procedimentos colectivos pré-estabelecido. Na linha desta «aculturação psicológica», sobressaem tipologias comportamentais orientadas para o sucesso funcional, cujo valor económico e os níveis de desempenho que delas resultam, certamente pelo facto da Defesa Nacional se constituir num bem público puro [...], nunca foram, em termos quantitativos, verdadeiramente estimados. Neste enquadramento, o estudo e avaliação dos quotidianos condicionados por padrões comportamentais específicos, como é o caso da Instituição Militar, constituem, ao nível da Economia Comportamental e da Psicologia Económica, habitats humanos privilegiados para a sistematização de um método que permita avaliar o seu valor económico e, por essa via, inferir, também, da importância da «economia intra-humana» em geral. Assim, na primeira parte, discutem-se os aspectos particulares dos comportamentos no contexto da Instituição Militar e da sua estrutura hierárquica, com realce para a disciplina e para a obediência. O capítulo 2, introduz a teoria da «economia intra-humana», a sua caracterização genérica no quadro dos processos de produção e o seu contributo implícito para o desenvolvimento económico. Por fim, propõe-se uma reflexão sobre os «processos psicológicos derivados» e sobre a necessidade das «ciências da gestão» se voltarem a debruçar sobre a doutrina militar, agora no âmbito dos seus aspectos psíquicos, na senda de novos patamares de eficiência e de competitividade empresariais.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

TEORIAS DA PERSONALIDADE: ALFRED ADLER - VIDA E OBRA.

Resumo
Alfred Adler, filho de uma família judaica, nasceu a 7 de Fevereiro de 1870, em Rudolfsheim, Viena, Áustria. Sendo o 2.º de 7 irmãos, 5 rapazes e 2 raparigas, padeceu, em criança, de inúmeras enfermidades. O raquitismo tolheu-lhe o andar até aos 4 anos e aos 5 foi-lhe diagnosticada uma pneumonia, de prognóstico muito reservado, chegando a temer-se seriamente pela sua vida. Adler referiu várias vezes ter sido essa sua luta pela sobrevivência, em pequeno, bem como, aos 3 anos de idade, ter assistido à morte do seu irmão Sigmund, que o levou, desde cedo, a ganhar o gosto pelas ciências médicas para melhor poder lutar contra o sofrimento e as doenças. [...] Aos 18 anos ingressou na Escola de Medicina da Universidade de Viena, tendo concluído a sua licenciatura, com o grau de doutor, em 1895, então com 25 anos de idade. [...] O crescente interesse pelo funcionamento e adaptação do sistema nervoso, levou-o, por volta do ano de 1900, a enveredar pelas áreas da Neurologia e da Psiquiatria, tornando-se um associado muito próximo do neurologista, também austríaco, Sigmund Freud. Este, conhecendo-lhe a reacção favorável às ideias expostas no seu livro «A Interpretação dos Sonhos» [1900], convidou-o, em 1902, a juntar-se àqueles que, semanalmente, às quartas-feiras, se reuniam em sua casa para conferenciar sobre Psicanálise, integrando assim, até 1911, o grupo que ficou conhecido por «Sociedade Psicanalítica de Viena». Contudo, a partir de certa altura, Adler passou a discordar em absoluto das ideias freudianas em diversos aspectos, nomeadamente na importância que Freud conferia às pulsões sexuais na origem das neuroses. Estas divergências tornaram-se públicas a partir de 1907, data em que publica o seu Study Of Organ Inferiority And Its Psychical Compensation. Assim, divergentes no Congresso de Psicanálise de Salzburgo, de 1908, e, em 1911, irreversivelmente separados no de Nuremberga, leva a que Adler se retire do movimento psicanalítico iniciado por Freud, e a fundar o seu próprio grupo de reflexão, a «Sociedade para a Psicanálise Livre», redenominada, em 1913, para «Sociedade para a Psicologia Individual». A partir de 1914, e durante a I GM, Adler serviu como médico na Armada austríaca, envolvendo-se, após o seu termo, em vários projectos ligados à formação de clínicas associadas a escolas estatais, período durante o qual divulgou largamente a sua teoria. Em 1926, viajou para os Estados Unidos, tornando-se, em 1929, professor-auxiliar na Universidade de Columbia e, em 1932, professor efectivo na Escola de Medicina de Long Island, viajando entre Viena e os EUA. Porém, devido à interferência do movimento nazi na sua actividade profissional, em 1934, Adler e a sua família abandonam Viena para sempre. Em 28 de Maio de 1937, com 67 anos, durante a presença num ciclo de conferências na Escócia, em Aberdeen, Alfred Adler morre subitamente, vítima de uma crise cardíaca.

PERTURBAÇÃO EVITANTE DA PERSONALIDADE.

Resumo
A característica essencial da Perturbação Evitante da Personalidade consiste num padrão global de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa, com começo no início da idade adulta e presente numa variedade de contextos. As pessoas com Perturbação Evitante da Personalidade, evitam actividades profissionais ou escolares que envolvam contactos interpessoais significativos, por medo de críticas, desaprovação ou rejeição. As ofertas de promoção no emprego podem ser rejeitadas pelo medo de que as novas responsabilidades possam provocar críticas por parte dos colegas. Estas pessoas evitam fazer novos amigos, a não ser que tenham certeza de que estes virão a gostar delas e que serão aceites sem críticas. [...] As pessoas com esta perturbação não se agregam em actividades de grupo, a menos que surjam propostas repetidas e generosas de apoio e protecção. A intimidade interpessoal é habitualmente difícil para estas pessoas, apesar de serem capazes de estabelecer relações íntimas quando está assegurada uma aceitação sem crítica. Podem actuar com reservas, terem dificuldade em falar de si e recusarem a intimidade por medo de serem expostas, ridicularizadas ou envergonhadas. [...] Se alguém for ligeiramente crítico ou desaprovador, podem sentir-se extremamente magoados. Tendem a ser tímidos, calados, inibidos e «invisíveis», com medo de que com qualquer chamada de atenção possam ser rejeitados ou rebaixados. Esperam que, independentemente do que digam, os outros os possam considerar «errados», e, portanto, nada dizem. Reagem intensamente a indícios subtis sugestivos de zombaria ou troça. Apesar da ânsia em participar activamente na vida social, receiam colocar o seu bem-estar nas mãos de outros. As pessoas com Perturbação Evitante da Personalidade, são inibidas em situações interpessoais novas, por se sentirem inadequadas e terem baixa auto-estima. Dúvidas acerca de competências sociais e aptidões pessoais tornam-se especialmente manifestas em contextos que envolvam estranhos. Estas pessoas consideram-se socialmente inaptas, destituídas de encanto ou inferiores aos outros. Podem mostrar-se relutantes em assumir riscos pessoais ou envolverem-se em novas actividades, porque isso pode ser embaraçoso. [...]

MORAL, ÉTICA E DEONTOLOGIA.

Resumo
A linguagem comum não distingue, muitas vezes, «ética» de «moral». Contudo, em rigor, aquela funda-se na reflexão filosófica sobre a segunda, enquanto quadro de referência geral e não escrito. Do grego ethiké, ou do latim ethica (ciência relativa aos costumes), a ética constitui o domínio da filosofia que subjaz ao juízo conceptual de apreciação sobre o «bem» e sobre o «mal», assumindo-se os princípios éticos enquanto directrizes orientadoras dos «bons comportamentos», dos indivíduos em relação a si mesmos, destes em relação aos outros e de todos com a natureza em geral. De uma comprovada preocupação histórica, à sua inclusão doutrinária na vivência religiosa, a ética é, hoje, social e transversalmente, laica e agnóstica, com a expansão para novos domínios de intervenção, como a ética ambiental ou a bioética.
De forma equivalente à díade semântica moral-ética, também os códigos éticos são dificilmente separáveis dos deontológicos, pelo que não é pouco frequente as palavras «ética» e «deontologia» serem utilizadas indiferenciadamente. Não obstante, o termo «deontologia» sobrevém das palavras gregas déon, déontos, significando «dever» e lógos, correspondendo a «discurso» ou «tratado». Neste enquadramento, a deontologia equivaler-se-ia ao «tratado do dever» ou ao conjunto de normas perfilhadas por um determinado grupo profissional. Com efeito, a deontologia é uma disciplina da ética, especialmente adaptada ao exercício de uma profissão, prescrevendo os deveres gerais de uma «boa conduta profissional». Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e tendem a traduzir o sentimento ético nelas expressas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada grupo profissional.
[FRANCIS, Ronald D., Ética para Psicólogos, Parte III, Compêndio de Questões Éticas, pp. 240 – 258]Ver apresentação PPT
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